Foto: Renan Mattos (Diário)
Estima-se que 66% das doações são espontâneas. Ainda assim, no Dia Mundial do Doador de Sangue, o Ministério da Saúde reforça a necessidade da doação de sangue voluntária para manter estoques em todo o país.
Hoje, 16 a cada mil habitantes são doadores de sangue, no país. O percentual corresponde a 1,6% da população brasileira e está dentro dos parâmetros preconizados pela Organização Mundial da Saúde, que recomenda que 1% a 3% da população de cada país seja doadora. Do total de doadores de sangue em 2017, 62% são do sexo masculino e 38% são do sexo feminino. Nos últimos anos, as taxas de doação de sangue apresentam-se estáveis, no Brasil. O Ministério da Saúde avalia que essa estabilidade indica um processo de conscientização da população, mas, reforça que é necessário promover e fortalecer as ações que estimulam a doação voluntária para manutenção dos estoques de sangue.
Na sexta, Dia Mundial do Doador de Sangue, o ministro da Saúde interino, João Gabbardo, participou de ação voluntária de incentivo à doação de sangue, promovida pelo Banco do Brasil em parceria com o Ministério da Saúde e a Fundação Pró-Sangue, o Hemocentro de São Paulo (SP). A ação no Posto Clínicas da Pró-Sangue foi protagonizada pelos Embaixadores do Esporte do Banco do Brasil, Virna e Maurício, que durante a semana foram convidados, por meio das redes sociais, pela também Embaixadora do Esporte, Fofão, para realizarem ato voluntário e assim estimular a doação de sangue no país.
Hospital Universitário de Santa Maria inaugura biblioteca para pacientes
No Brasil, em 2017, foram coletadas 3.4 milhões de bolsas de sangue e realizadas 2,8 milhões de transfusões de sangue. Estima-se que 34% dessas doações de sangue correspondem à doação de reposição, aquela que o indivíduo doa para atender à necessidade de um paciente motivado pelo serviço, família ou amigos do receptor e; 66% correspondem à doação espontânea, de acordo com os dados do Ministério da Saúde. Ainda em 2017, foram realizadas 2,8 milhões de transfusões de sangue.
O procedimento de doação é muito seguro para o doador. Além da sorologia, 100% do sangue coletado na rede pública de saúde também passa pelo Teste NAT, que reduz a chamada janela imunológica para HIV, Hepatite C e B, tempo em que o vírus já está presente no doador e ainda não é possível sua detecção.
- Durante a entrevista que antecede a doação de sangue, que é sigilosa, é avaliado o estado de saúde do doador, visando à proteção de sua saúde e da saúde do receptor e, ainda, são utilizados produtos descartáveis no processo de doação - explicou o coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados, do Ministério da Saúde, Flávio Vormittag.
QUEM PODE FAZER DOAÇÃO DE SANGUE
Em 2012, o Ministério da Saúde reduziu a idade mínima de 18 para 16 anos (com autorização do responsável) e ampliou a idade máxima de 67 para 69 anos. O doador deve pesar no mínimo 50 kg e estar em bom estado de saúde geral.
Outras recomendações necessárias são: estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar de jejum.
A frequência máxima de doações é de 4 doações anuais para o homem e de 3 doações anuais para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de 2 meses para os homens e de 3 meses para as mulheres.
*Com informações do Ministério da Saúde